Deputado Marcos Rogério ouve do Cremero que a Bolívia mercantiliza o ensino médico
O Conselho Regional de Medicina de Rondônia – Cremero recebeu, na última quinta-feira, a visita do deputado federal Marcos Rogério (PDT-RO) que buscou maiores informações sobre a situação da medicina em Rondônia e debateu as regras das provas de revalidação de diplomas de médicos formados em países sul-americanos. O assunto foi amplamente debatido durante a visita, quando a diretoria do Cremero e o diretor do Conselho Federal de Medicina, Hiran Gallo, rechaçaram a ideia de flexibilização da revalidação de diplomas para médicos formados no exterior. O Cremero entende que a morte, em Rondônia, de várias pessoas que se submeteram a tratamento médico cirúrgico na Bolívia corrobora com o argumento da formação médica ruim oferecida naquele País.

Em sentido horário, Simi Bennesby, Hiran Gallo, Maria do Carmo Wanssa, deputado Marcos Rogério e Almerindo Brasil, durante reunião no Cremero.
O deputado falou do trabalho que vem fazendo junto a Comissão da Amazônia na Câmara Federal na tentativa de minorar o problema da falta de médico na região Norte, enquanto a presidente do Cremero manifestou preocupação com a falta de qualificação dos profissionais da área formados nos países vzinhos.
No encontro com o deputado Marcos Rogério, do qual participou a presidente do Cremero, Maria do Carmo Wanssa; o conselheiro federal do Cremero e tesoureiro do Conselho Federal de Medicina, Hiran Gallo; o vice-presidente do Cremero, Almerindo Brasil de Souza; e a tesoureira Simi Bennesby Marques, ficou acertado a continuidade da conversa em outras oportunidades, com a possibilidade de se agendar uma visita do parlamentar ao Conselho Federal de Medicina, onde poderá colher maiores subsídios sobre a revalidação de diploma médicos.
Maria do Carmo Wanssa explanou que muitos médicos recém-formados na Bolívia, por exemplo, buscam no Brasil reconhecimento rápido de seus diplomas, embora tenham estudado em faculdades que não obedecem aos mesmos critérios técnicos exigidos no Brasil. Segundo ela, a Bolívia faz da formação de médicos um comércio, uma vez que não seleciona previamente os alunos, tem número ilimitado de vagas e não oferece um quadro substancial de doutores e mestres.
O deputado Marcos Rogério, que, equivocadamente, defendeu no plenário da Câmara Federal o aproveitamento dos médicos formados nos países vizinhos para suprir as necessidades da população brasileira, esclareceu que faz parte de uma comissão que há algum tempo vem debatendo o assunto e que já visitou alguns países para conhecer o sistema que forma estes profissionais. Segundo ele, há e faculdades ruins, mas também há faculdades muito bem equipadas na Bolívia. Ele propôs uma forma eficaz de avaliação dos médicos não brasileiros, destacando que eles precisam ter formação voltada para a realidade brasileira. O deputado ressaltou, ainda, o que concorda com a seleção para a entrada no País, assim como também a prova unificada do processo revalida e propôs discutir são os critérios exigidos na prova e o valor da nota de corte.
O conselheiro federal Hiran Gallo destacou que conhece excelentes profissionais formados nas faculdades bolivianas, mas deixou claro que é preciso aferir rigorosamente os conhecimentos e a formação dos médicos vindos do exterior. “No Brasil – disse ele – os médicos são avaliados na residência médica, que é rigorosa”, afirmou.
No encerramento do encontro, o deputado Marcos Rogério disse que está à disposição do Cremero para avançar nos estudos sobre o assunto. O conselheiro Hiran Gallo se ofereceu para acompanhar o parlamentar numa visita ao Conselho Federal de Medicina para que conheça os estudos já concluídos sobre o assunto. A reunião foi considera muito proveitosa tanto pelo Cremero como pelo Marcos Rogério.
Fonte: Assessoria Cremero.
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